segunda-feira, 26 de maio de 2014


  Religião Verdadeira e Religiões Enganosas

No mundo de hoje, a maioria das religiões são, nas palavras do Shrimad-Bhagavatam, “religiões enganosas”.
O Shri Chaitanya-bhagavata também afirma: “Segundo o Shrimad-Bhagavatam, todas as idéias mundanas que se difundem em nome da religião não passam de uma forma de trapaça”.
Religião temporária (anitya-dharma) é aquele dharma cuja forma máxima de adoração ao Senhor é a oração em troca de pão e manteiga; cujo praticante muda de conduta, virando cristão, e depois hindu, e depois budista, e depois cristão de novo; e cujo praticante procura livrar-se de doenças do corpo, considerando-o a alma (o eu) e achando que sua alma é o Senhor.
Alimentar as pessoas com arroz e feijão baseados na concepção errônea de que elas são pobres; construir hospitais e centros educacionais ateístas crendo ser este o serviço mais elevado a Deus; pensar que a ocupação eterna, a ocupação temporária e todas as demais variedades de dharma são a mesma coisa; negligenciar a ocupação eterna da alma (nitya-dharma) e propagar o secularismo; sacrificar animais e pássaros inofensivos em nome do amor ao mundo; e servir ao homem e à nação – tudo isso é religião (ou dharma) temporário. Nenhuma dessas atividades jamais ocasionará bem-estar permanente para o mundo. No entanto, se considerarmos a religião eterna como sendo um templo – em outras palavras, como sendo nosso objetivo mais elevado –, poderemos aceitar esses outros dharmas parcialmente, mas somente como degraus para chegarmos a este templo da religião eterna.
Sempre que essas outras religiões contradizerem, cobrirem ou dominarem nitya dharma, ou seja, a ocupação eterna da alma, deverão ser abandonadas por completo. Moralidade, humanidade ou amor mundano desprovidos da função eterna da alma não faz o menor sentido e não são dignos de glorificação. O verdadeiro objetivo e o único propósito da humanidade e da moralidade é alcançar amor puro por Deus (krishna prema).
Se houver ao menos um praticante verdadeiro desta função eterna, nitya-dharma, que mantenha acesa a chama do cantar dos santos nomes de Deus, então, sua nação, linhagem e sociedade jamais haverão de se arruinar – mesmo depois que esta nação enfrente a opressão e a dominação de outro país, e tenha seus tesouros saqueados, suas escrituras transformadas em cinzas e sua cultura e propriedade destruídas. Este cantar dos nomes de Deus
Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare//Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare

possibilita o bem-estar eterno do mundo e do país, sociedade, grupo social e o “eu” de cada um de nós.
Encerro repetindo a instrução final do Senhor Krishna, o fundador do dharma, como consta no Bhagavad-gita (18.66): “Abandone por completo todas as variedades de dharma relacionadas ao seu corpo e sua mente, e renda-se apenas e inteiramente a Mim (Deus). Hei de livrá-lo de todas as reações pecaminosas. Não tema”.