segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Néctar do Jaiva Dharma
(A Ciência da Alma)

Embora seja verdade que os sadhus também vivem neste mundo, há uma diferença significativa entre a vida terrena dos sadhus e a das jivas que estão iludi­das por maya. Apesar das vidas terrenas dos dois parecerem ser a mesma coisa do ponto de vista externo, interna­mente há uma diferença imensa. Além disso, a associação dos sadhus é muito rara, pois, muito embora sempre haja sadhus presentes neste mundo, o homem comum não con­segue reconhecê-los.
Há duas categorias de jivas que caem nas garras de maya. Umas estão totalmente absortas em prazeres munda­nos insignificantes, e tem este mundo material na mais alta estima. Outras, sentindo-se descontentes com os prazeres insignificantes de maya, empregam discernimento mais sutil na esperança de atingir uma qualidade superior de felicidade. Por conseguinte, podemos dividir as pessoas deste mundo em dois grupos: o daquelas que carecem da faculdade de distinguir entre espírito e matéria e o daquelas que possuem esta percepção espiritual.

Certas pessoas chamam dedesfrutadores dos sentidos materiais aqueles que carecem de semelhante percepção e de mumuksus, ou os que buscam a liberação, aqueles dota­dos de percepção. Ao usar aqui a palavra mumuksu, não me refiro aos nirbheda-brahma jnanis, aqueles que buscam o nirvisesa-brahma mediante o processo de conhecimen­to monista. Nos sastras védicos, são conhecidas como mumuksus as pessoas que estão aflitas diante das misérias da existência material, e buscam sua identidade espiritual verdadeira. O significado literal da palavra mumuksa é ‘desejo de mukti ’(liberação). Quando um mumuksu aban­dona este desejo de liberação e se dedica a adorar Sri Bhagavan, seu bhajana é conhecido como suddha-bhakti. Os sastras não mandam ninguém abandonar mukti. Ao con­trário, quando uma pessoa desejosa de liberação adquire conhecimento da verdade sobre Krsna e as jivas, ela liberta-se de imediato.


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