quinta-feira, 19 de março de 2015

Jaya Radhe.  As segundas e quartas-feiras (e eventualmente às sextas-feiras) nós apresentamos um Hari-katha no Youtube ao vivo, via Hangout. Nesta última quarta-feira, dia 18 de março, a participante assídua, divulgadora e colaboradora do programa deixou nos comentários duas perguntas bem relevantes que resolvemos responder com essa postagem no blog. Muito obrigado por tudo e por suas perguntas Vrajesvari didi e ai vão nossas respostas. (RM)

PERGUNTA: Só complementando, agente não precisa da mente pra identificar o que é bom o que é ruim Agente em tatastha sakti não temos mente... Como identificamos o que é bom no mundo material nessa condição? 

R.: A Jiva não entra nessas considerações de bom e ruim quando está na posição não-diferenciada no tatashta-shakti. Ela apenas sente a necessidade de saber sobre si mesma, CIT, e de desfrutar, que é um sentimento natural da jiva. Esse sentimento de desfrutar a empurra para o plano material cósmico.

PERGUNTA: Eu não consigo entender isso, quando estamos no tatastha sakti, o que nos atrai no mundo material? Como nos sentimos atraídos se estamos lá, como partículas, sem noção deste mundo material, o que nos atrai?  O que faz agente se identificar com a energia material? E é assim instantaneamente?  Agente entra no mundo material imediatamente no ventre de uma entidade viva?  Maharaj acho isso muito difícil de compreender ... 

R.: A resposta para essa pergunta tomamos de Srila Sridhar Maharaj em seu Livro “A Busca de Sri Krishna, A Realidade, O Belo”:   “Desde tempos imemoriais, o homem tem indagado sobre a origem da alma. Neste breve capítulo, Sridhara Mahãrãja responde esta mais vital de todas as questões: "Quem sou eu? De onde vim?"
"Como a alma aparece primeiramente neste mundo? De que estágio de existência espiritual ela cai no mundo material?" Esta é uma questão muito ampla, que requer alguma informação básica.
Existem duas classes de almas, jivas, que vêm a este mundo, Uma classe vem dos planetas Vaikuntha pela necessidade de nitya-lila, os eternos passatempos de Krsna. Outra vem por necessidade constitucional.
O brahmaiyoti, o plano marginal não-diferenciado. é a fonte de infinitas almas jiva, partículas espirituais atômicas de caráter não-diferenciado . Os raios do corpo transcendental do Senhor são conhecidos como brahmajyoti, e uma partícula de um raio do brahmajyoti é a jiva. A alma jiva é um átomo naquela refulgência, e o brahmajyoti é o produto de um número infinito de átomos jiva.
Geralmente. as almas emanam do brahmajyoti, que é vivo e crescente. Dentro do brahmajyoti, o equilíbrio delas é de alguma forma perturbado, dando início ao movimento. Da não-diferenciação inicia-se a diferenciação. De um simples lençol de consciência uniforme, surgem unidades conscientes individuais. E porque a jiva é consciente ela é dotada de livre-arbítrio. Assim. da posição marginal elas escolhem o lado da exploração ou o lado da dedicação.
Krsna bhuli sei jiva anadi bahirmukha. Anadi significa aquilo que não tem começo. Quando entramos na terra da exploração, adentramos no fator tempo, espaço e pensamento. E, quando viemos para explorar, a ação e reação começam na terra negativa do empréstimo. Embora lutemos por nos tomar mestres, na verdade nos tornamos perdedores.
Os servos de Goloka e Vaikuntha também são vistos como estando dentro da jurisdição de brahmanda o universo material, mas isto é apenas uma brincadeira, lila. Eles vêm do plano superior apenas para participar dos passatempos do Senhor e então retomam. As almas caídas vêm da posição marginal dentro do brahmajyoti, e não de Vaikuntha.
A primeira posição de uma alma no mundo material será como a de Brahma, o criador. Então seu karma pode levá-la para o corpo de urna besta corno o tigre, onde ela é cercada de uma mentalidade de tigre, ou para o corpo de uma árvore ou trepadeira, onde diferentes impressões podem cercá-la. Dessa maneira, unia pessoa se envolve em ação e reação. O caso é complexo; é desnecessário analisar os detalhes da história de um átomo particular. Estamos interessados corri a coisa em geral: como a transformação da concepção material brota da consciência pura.”

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